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terça-feira, novembro 01, 2005

A Valentine Mouth, a Real Sound

Sybris – Sybris

Faz hoje precisamente um mês desde que me chegou às mãos o precioso objecto que dá pelo nome de Sybris; confesso que logo às primeiras audições, a impressão foi muitíssimo boa e desde então o disco teria de ter um espaço reservado na Gravilha. Mas das diversas vezes que tentei fazê-lo a tentativa caiu invariavelmente pela raiz, porque preferi sempre ouvi-lo, e não tenho dúvidas que para mim, e num caso – ok, é extremo! Mas mesmo assim… - como este, é melhor ouvir que escrever acerca de. Não exagero ao afirmar que nestes 31 dias que entretanto decorreram, ouvi o disco todos os dias, e em alguns deles, a repetição multiplicou-se por 6.
As referências falavam em Yeah Yeah Yeahs, compreendo, mas eu aqui consigo ver (por composição genética, digamos) muito mais Siouxsie – pela voz , pela bateria e também pelo preludios – guitarras (que guitarras!) dos primórdios Cocteau Twins e dos My Bloody Valentine, mas não só. As letras, na boca da Angela Mullenhour, são muito pessoais, introspectivas até, comoventes pela forma como nos abre as portas do seu precioso mundo e como rapidamente nele nos imaginamos nós.
Um álbum sem pontos baixos, o único defeito é que por ser tão compulsivo, nos deixa sem tempo.
Mais uma obra-prima; certidão de nascimento de Chicago, IL - emitida em 2005.
Para ouvir à noite, de preferência.

12 comentários:

dedos-bionicos disse...

este não conheço, mas já me deste a volta, vou tentar adquirir....

Anónimo disse...

Não percas mais tempo! É fenomenal!
(+ 1 enorme palpite do Mr. Eduardo)

eduardo disse...

O disco é bom mas ainda não o consegui ouvir em perfeitas condições, ou seja, fora do local de trabalho.

Anónimo disse...

é optimo para ouvir à noite, outono ou inverno, mas sem grande ruido de fundo; sou só eu que acho isto ou há discos "de inverno", outros mais para o verão, alguns que se ouvem melhor á noite, etc.? Por vezes falo com pessoas nestes termos e normalmente riem-se, pois acham curioso que em enquadre os discos numa perspectiva climatérica ou de dia/noite, etc...
Alguém + acha o mesmo?

eduardo disse...

está mais que correcto.
creio que só consigo ouvir reggae nos meses de maior calor. ultimamente com esta chuva tenho sido levado a ouvir uns discos mais introspectivos.
Tanto o clima, como a disposição, como a hora do dia interferem na audição, não restam dúvidas.

dedos-bionicos disse...

eu concordo inteiramente, e quem disser o contrario então é que não tem sensibilidade musical nenhuma, por exemplo para adormecer não deve ser muito agradável ouvir XBXRX....

Anónimo disse...

pois é, às vezes também acontece que por exemplo o excesso de dias seguidos de chuvam me levem a querer ouvir discos mais "veraneantes"; é fazer aparecer o sol num passe de magica :)
é por isso que não faço nada sem uns disquitos por perto, tudo é melhor com boa musica!

Anónimo disse...

confesso ainda que a minha reconhecida boa disposição matinal (em oposição ao que acontece com a maioria das pessoas que conheço) tem a ver com o pequeno-almoço musical, ou seja, a criteriosa escolha do disco que ouço mal acordo (e que por norma é pop mexida). A escolha seguinte é mais alargada, e recai na duzia de discos que me acompanham para o carro (e tb para o trabalho nos dias de semana); gosto que os dias comecem assim!

eduardo disse...

eu até para lavar a louça ou tomar banho perco uns minutos a ponderar o que mais me convêm para tais tarefas.

Anónimo disse...

nem mais! tem a ver com o estado de espirito, com o que se está a fazer e pode mesmo ser uma ajuda para preparar a disposição para o que se vai fazer a seguir, género-vou ter uma conversa para demonstrar insatisfação em relação a algo, então vou ouvir os Mclusky (nunca os clientele p.ex.)

eduardo disse...

Mclusky de manhã é como meter o turbo!

Anónimo disse...

Se for o "Mclusky do Dallas" é Turbo-boost, eh eh... um dos melhores discos rock de sempre (pela mão do mestre Albini)