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segunda-feira, março 06, 2006

Shooting Icicles

Wilderness – Vessel States

Dura apenas uma mão cheia de dias o post que aguça o apetite para Vessel States, 2º álbum dos já magníficos Wilderness e ao qual aparentemente só em Abril a Gravilha deitaria a mão e o ouvido. No entanto, como um desejo pedido a um biónico mágico da lamparina, Vessel States chegou. E mais que não desiludir – o que por si só já seria um feito – deixa-me outra vez de rastos. A marca é uma subtil evolução, de onde sobressai a guitarra - mais lenta e mais límpida, menos escondida, a fazer lembrar Maurice Deebank dos Felt era The Splendour of Fear / The Strange Idols Pattern and Other Short Stories – e a voz vulcão de James Johnson, agora com a lava mais à superfície num misto de raiva e frustração ainda mais dorido (mesmo que, adivinha-se, sem conseguir escapar à comparação preguiçosa com John Lydon). A bateria-trovão continua bateria-trovão; o baixo, não parece, mas está lá.
The Blood Is On The Wall, Beautiful Alarms, Emergency, Last, Fever Pitch,
Death Verses, sucessivos ricochetes na escuridão até Towered, a antecâmara da explosão fantasmagórica que é Gravity Bent Light; Vessel States é outro buraco negro ao qual não adianta resistir – a repetição em Monumental serve de prova real.
Wilderness. Obra-prima nº 2.

6 comentários:

CARMO disse...

E que saudades tenho dessa era dos FELT!

Gravilha disse...

se gostas dos primeiros discos dos Felt, não percas este; a sonoridade é significativamente diferente, mas a guitarra Maurice Deebank está lá. Boas audições.

eduardo disse...

só para avisar que já tenho guardado para ti o último(snif!)número da Comes With A Smile.

Gravilha disse...

Thanks, no sabado lá passarei!! E double snif... já tinha ouvido dizer que tinha fechado o tasco, mas nem investiguei com medo de confirmar a triste realidade... é pena, a forma e o conteudo fizeram dela um caso muito especial.

dedos-bionicos disse...

é realmente um disco brilhante, e a banda confirma-se como sendo uma das mais autênticas e originais que surgiram nesta década, é daquelas bandas que a meu ver não vão decepcionar nunca......

Gravilha disse...

espero que não nos decepcionem nunca! também os acho uma das bandas da decada, é pena que a tournée europeia não passe por cá, ainda por cima a banda que assegura as segundas partes dos concertos dos Wilderness são os Liars ;)