
Brandon Stosuy critica o disco para a Pitchforkmedia, e quanto a mim está muito bem. Mas se quiserem, aqui e aqui há também opiniões esclarecidas.
Dura apenas uma mão cheia de dias o post que aguça o apetite para Vessel States, 2º álbum dos já magníficos Wilderness e ao qual aparentemente só em Abril a Gravilha deitaria a mão e o ouvido. No entanto, como um desejo pedido a um biónico mágico da lamparina, Vessel States chegou. E mais que não desiludir – o que por si só já seria um feito – deixa-me outra vez de rastos. A marca é uma subtil evolução, de onde sobressai a guitarra - mais lenta e mais límpida, menos escondida, a fazer lembrar Maurice Deebank dos Felt era The Splendour of Fear / The Strange Idols Pattern and Other Short Stories – e a voz vulcão de James Johnson, agora com a lava mais à superfície num misto de raiva e frustração ainda mais dorido (mesmo que, adivinha-se, sem conseguir escapar à comparação preguiçosa com John Lydon). A bateria-trovão continua bateria-trovão; o baixo, não parece, mas está lá.
The Blood Is On The Wall, Beautiful Alarms, Emergency, Last, Fever Pitch,
Death Verses, sucessivos ricochetes na escuridão até Towered, a antecâmara da explosão fantasmagórica que é Gravity Bent Light; Vessel States é outro buraco negro ao qual não adianta resistir – a repetição em Monumental serve de prova real.
Wilderness. Obra-prima nº 2.