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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Mathletics

Seria difícil prever que um dos discos que vai enchendo as primeiras semanas de 2008 vem de uma das mais friendly bands das capas do NME. Ou talvez nem tanto.
Porque digam o que disserem o NME, mais hype menos hype bacoco, mais tiro ao lado e fenómeno em que só - vá-se lá entender o destaque a tanta banda com tanto vazio de substância - teenager inglês embarca, o NME continua, em 2008, a ser uma das principais fontes para a exploração da pop mais fresca que brota sem fim das caves, garagens e quartos do Reino Unido. E se a exploração que o semanário faz não é desinteressada – é uma questão de sobrevivência – a verdade é que nalguns casos a coisa funciona mesmo como uma espécie de serviço publico: o NME é muito mais que a Caras da (indie) pop inglesa.
Os Foals tiveram uma das primeiras capas do ano, mas mais que isso levam com o autocolante New Noise 2008 para a melhor banda nova a seguir nestes 12 meses. Desta vez, mais uma vez, o tiro é certeiro.
Vindos das cinzas de uma banda math rock que ninguém ouviu falar e esticando o som que os Battles trouxeram até à entrada das pistas de dança, os Foals misturam math com alguns ecos dos Bloc Party de Silent Alarm com as guitarras dos Slint ou dos Pinback, o sax dos Him. Até os Liars podem ser para aqui chamados. Eliminemos, pois, os Klaxons desta conversa.
A história está resumida aqui, ao punhado de singles que até agora compõem o CV dos Foals segue-se a estreia em formato longo – Antidotes – que sai em Março e cuja mistura final feita por um dos gajos dos TV On The Radio – que produziu o disco - foi mandada às urtigas.
Vão explodir, é certo. Até que o enjoo chegue (chegará?) ouça-se vezes sem fim. Electric Bloom, Two Steps Twice, Big Big Love (Fig.2), Like Swimming, Tron ou Balloons são hinos para levar para todo o lado, ginásio incluído. Mathletics. FOALS.

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