s. f., gravilha@gmail.com

domingo, dezembro 31, 2006

Hopes & Little Jokes

De Rosa – Mend
The Librarians - Alright Easy Candy Stranger
Iron Hero - Safe as Houses
Bon Savants - Post Rock Defends the Nation

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Christmas Tree On Fire

Quadra Natalícia ainda a decorrer, logo não será demasiado tarde para menção a algumas das colectâneas que nos chegam nesta altura do ano dedicadas à mesma, naquilo que parece ser mais aproveitamento comercial da coisa que outra coisa qualquer. Anyway, algumas peças de relevo têm-se acumulado desde há alguns anos e outras parecem agora querer aproveitar a maior disponibilidade dos bolsos de quem vive no 1º Mundo; ainda assim há, aqui e ali, alguma genuinidade na intenção e por outro lado poderá haver também alguma vontade de ouvir canções que só se ouvem mesmo no Natal.
Tomando como ponto de partida um dos (bons) clássicos da época - Fairytale of New York (Pogues c/ Kirsty MacColl) – passando pelo também já habiual EP dos Low – Christmas ou pelo We Three Kings: Christmas Favorites dos Rev. Horton Heat, eis alguns dos discos entretanto postos a circular subordinados ao tema, de conteúdo minimamente interessante:

Kindercore Records Christmas, Vol. 2 (Kindercore Records – 2003)
A Santa Cause "It's A Punk Rock Christmas" 2 (Immortal Records)
It's Not Like Christmas (izumi records)
A Winter's Night (Nettwerk Records)
Songs For Christmas - Sufjan Stevens
Christmas Tree On Fire - Holly Golightly
Rockin' Around The Christmas Tree - Daniel Johnston
It's Christmas Time Again – Magoo
Fugindo já um pouco ao tema, mas também enquadráveis, digamos assim, há ainda, e por exemplo, o single What a Wonderful World - Nick Cave/Shane MacGowan ou a colectânea See You On The Moon, if you know what I mean.

So, Santa: You got the blues?

Foto: Pedro Medeiros

terça-feira, dezembro 12, 2006

Um Pós-Jornal


A falta de tempo fez com que até agora não tenha falado de um dos mais relevantes acontecimentos do ano relacionados com a música em Portugal, mas mais que isso, que só ao número zero quatro tenha percebido o que é realmente o Um.
O Um, se é que ainda não perceberam, “é um jornal de música e das outras artes todas, de entretenimento e de sociedade e de politica”, sai quinta-feira-sim/quinta-feira-não, tem pés e tem cabeça, tem bom gosto, e mais que isso tem coração; ao número 4, e isto é mais mérito do Um que teoria “em terra de cegos...”, revela uma alma e o brilho que só as publicações, ou fases da vida de publicações, imprescindíveis podem revelar.
O nº 04 vem pois carregado de motivos de interesse: na metamorfose dos Astonishing Urbana Fall em La La La Ressonance, na mais-que-essencial pré-história da geração pós-hardcore de Lisboa e arredores que inclui, por exemplo, os Caveira e os Linda Martini, no destaque aos Osso, no filtro de uma série de edições/espectáculos e numa topologia dos anos 80 a propósito da mostra de arte patente em Serralves.
O Um é gratuito, e lá por ser gratuito e por estar à mão de semear numa série de locais do litoral português (e em todo o mundo via Internet), não deve ser abandonado, olhado de lado e deixado para o fundo do monte de leituras que nos custaram os olhos da cara; o que verdadeiramente importa é um enorme mundo que há dentro de cada Um.
Os pés do Um são criados por França Gomes, a cabeça e o coração são do Eduardo Sardinha e do Jorge Manuel Lopes e as mais belas ilustrações da imprensa em Portugal são criadas pela Rita Carvalho.
Haja alma para perceber a alma do Um; para o Um, que me devolveu o entusiasmo e a expectativa que há longos anos a palavra terça-feira tinha nas costas, haverá sempre tempo – agora ás quintas - quinta-feira-sim/quinta-feira-não.
O próximo é no dia 14. Já só faltam dois dias.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

How to reduce your chances of being a terror victim

Uma breve pesquisa por aqui revela quase instantaneamente uma falta de destaque para bandas inglesas, imprevisível há 25 anos atrás; aliás, os destaques em falta nada têm a ver com bandas inglesas, têm a ver com discos novos de bandas novas inglesas.
Felizmente nas últimas semanas, da razoável série de discos que me chegaram às mãos, chamou-me a atenção o facto de uma considerável parte deles serem assinados por friends in the UK.
Destaque para o EP dos The Horrors (e atenção para não serem confundidos com os homónimos do outro lado do oceano…), que revela uma entusiasmante descendência dos Cramps/ Screamin' Jay Hawkins em mistura a negro com blues dos Doors e um visual Ramones / Larry Clark's Wassup Rockers, mas com bons penteados. Da mesma costela são os Xerox Teens e os NEiLS CHILDREN, rock negro, sangue e suor, baixos da escola David J; e o sotaque british fica mesmo a matar.
Em linhagem mais underground, experiências e escola Fall / Prolapse, os Skill 7 Stamina Dead regressam para o 2º álbum e partilham o label com os The Rebel e um excelente split com os não menos extraordinários Socrates That Practices Music que merecem também as melhores atenções.
Já agora fica o destaque para o álbum estreia das Long Blondes, a provar que há quem resista ás pressões mediáticas e que só se aventure em formato longo depois de várias etapas bem percorridas; e apesar da rotulagem Blondie que por aí circula, eu diria que as Long Blondes são as irmãs mais fixes dos Echobelly.

See yer mate..Yeh...see yer mate