Não posso dizer que lhe sinto a falta, porque a verdade é que quando conheci a música dos Joy Division, Ian Curtis já estava morto há alguns anos. O mito, a aura, o icon em que se transformou; o rosto de menino de olhos azuis, frios e inocentes; a forma como cantava e dançava; as circunstâncias de uma existência atormentada, pela culpa e pela doença. Mas se a memória persiste, se o culto existe, é, principalmente, porque na sua curta existência, os Joy Division gravaram, com Martin Hannett (que, no fundo, os ensinou a tocar e lhes criou o som), os 2 melhores albuns de sempre. Hoje, 30 anos sobre a morte de Ian, milhares e milhares de escutas depois, ouvir Unknown Pleasures e Closer é, ainda, arrepiante e fora do tempo, tão fora de qualquer tempo.
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