Mais que uma coincidência de datas nas apresentações de Porto e Braga, há um paralelismo nos percursos dos Mão Morta e Einstürzende Neubauten que, dada oportunidade que a coincidência desperta, se assinala por aqui.
Pelo percurso de independência em relação à industria, pela substância literária, pela visão tão própria do mundo ou dos mundos que nos revelam, pela interdisciplinaridade e intercambio e incursões e alargamento das fronteiras (ao teatro, ao vídeo, etc.) do universo pop/rock. Pelo carisma dos vocalistas/letristas/principais mentores, pelas diversas alterações nos line-up’s, pelas incursões em universos musicais comuns, pela evolução do som – para uma mistura de electrónica com guitarras pesadas a partir de rock “industrial” no caso dos Mão Morta e para uma mistura de electrónica com elementos industriais a partir da invenção do próprio rock industrial, no caso dos Neubauten.
Pelo urbano, pela politica, pela literatura, pelo negro, pelo fio da navalha.
Os Mão Morta levam a palco no Theatro Circo em Braga, dia 3 de Maio pelas 22:00, a ultima de 10 apresentações de Maldoror, espectáculo multimédia baseado na obra do Conde de Lautréamont. No mesmo dia, e quase á mesma hora, sobem a palco na Casa da Música os Einstürzende Neubauten, para a apresentação de Alles Wieder Offen, o mais recente e, provavelmente, - embora não o mais radical/inovador - melhor disco da banda. Os locais parecem ter sido escolhidos a dedo.
Pelo urbano, pela politica, pela literatura, pelo negro, pelo fio da navalha.
Os Mão Morta levam a palco no Theatro Circo em Braga, dia 3 de Maio pelas 22:00, a ultima de 10 apresentações de Maldoror, espectáculo multimédia baseado na obra do Conde de Lautréamont. No mesmo dia, e quase á mesma hora, sobem a palco na Casa da Música os Einstürzende Neubauten, para a apresentação de Alles Wieder Offen, o mais recente e, provavelmente, - embora não o mais radical/inovador - melhor disco da banda. Os locais parecem ter sido escolhidos a dedo.
É bom poder escolher, mas a escolha é difícil. Fico no Porto, só porque tenho a sorte de ter vivido Maldoror, o espectáculo ao vivo, por 2 vezes.
Escolham!
Escolham!