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quarta-feira, julho 12, 2006

Strawberries

Mais que cabeça baixa e olhos nos pedais de efeitos, por shoegaze dever-se-á entender sonhos e melodias escondidos por muralhas de distorção. Mais de década e meia depois, e depois das viagens locomovidas pelo vapor agora-lendário dos Jesus and Mary Chain – no fundo os pais da coisa - My Bloody Valentine, Spacemen 3, Loop, Slowdive e uns quantos outros nada desprezíveis, há novos sonhadores que reinauguram caminhos, rumos às estrelas tingidos a vermelho ácido e doce.
Dins, dos Psychic Ills é de todos o que mais vicia, Loop versão 2006, weird-shoegaze nocturno. A viagem segue, pelo finalmente-por-cá grandioso estreia dos Serena Maneesh, por Despondent Transponder dos Fleeting Joys – o Loveless da fornada e pela abordagem mais Lush-y dos Asobi Seksu em Citrus (que se segue a um estreia um tanto ou quanto irregular e muito mais My Bloody Valentine).
Refrescos de conteúdo revigorante. Consumam-se sem qualquer tipo de restrições e rasguem-se os tímpanos outra vez para alcançar aquela melodia lá atrás.

3 comentários:

eduardo disse...

embora a maioria tende a ser algo cópia, é sempre bom ouvir uma boa muralha sonora!

CARMO disse...

...strawberry fields forever...

Gravilha disse...

sem duvida, e especialmente no meio deste maldito calor, sabem bem as muralhas sonoras! Não concordo muito com a palavra cópia, acho que destes 4 talvez se aplique um bocadinho aos Fleeting Joys (que de resto é o disco menos bom do lote), os outros 3 acho-os mesmo muito bons (sem serem completamente originais, anyway, mas quem o é nos dias que correm?)