2007.
Um mês passou a correr e os discos, deste ano ou do ano passado, afinal o que é que isso interessa?, passam num turbilhão que a era digital não deixa cessar - para nosso bem ou para o nosso mal.
Esfuma-se o gosto pela pop, transforma-se mesmo numa espécie de náusea, depois de algumas semanas em ritmo quase existencialista.
Últimos suspiros de uma hibernação que não será previsivelmente muito longa - e que trará por certo sonoridades mais experimentalistas - são dados por Wincing The Night Away dos Shins (serão os Shins os Go-Betweens do Sec XXI?) e Disco Romance de Sally Shapiro - Glorious synthpop from Sweden's 'disco princess', as ultra-soft vocals meet a shiny Eighties beat. Sounds so fragile and beautiful, you half expect it to melt in your mouth, segundo o The Guardian. Subscrevo.
Se todos os discos pop fossem assim, não haveria nunca enjoo.
Uma nova fase-experimental começou, entretanto, e começou desde logo com aqueles que são nesta altura provavelmente os melhores de todos; acabam de lançar 4 LP’s (vinyl only!) - Ghetto Beats On The Surface Of The Sun, Vols. 1, 2, 3 e 4. Para já, ando completamente viciado em Big Black Square, EP de 2005, com faixa única de 43 minutos – tudo improvisação. Mergulhos podem ser dados aqui. Cautela; é possível que haja dependência grave e lesões irreversíveis. Tarentel, pois claro.