Architecture in Helsinki - In case we die
Imagine-se um quadro impressionista de forma triângular; algures dentro da tela cujos vértices têm nome - Arcade Fire, Fiery Furnaces e Belle & Sebastian - surge um pequeno ponto que rompe a unidimensionalidade do trilátero e o transforma numa pirâmide formidável.
Pompa! Abram alas! Um tapete onde está escrito Architecture in Helsinki desenrola-se – aí está In case we die!
2º álbum dos 8 australianos, gravado em estúdio caseiro (baptizado de Super Melody World em momento de enorme inspiração), In Case we die é indiepop com produção grandiosa, a cores e de alta definição; veste de gala melodias que se agarram aos ouvidos e teimam em não descolar. Arpa, tuba, pianos, xilofone, trombone, saxofone, flauta, marimba, clarinete, trompete, violinos, theremins, harmónica provam que o tempo em que o indie pop era só guitarrinhas, baixo e bateria já lá vai. E o traje de gala fica-lhe mesmo a matar!
Indiepop de luxe.
s. f., gravilha@gmail.com
domingo, setembro 25, 2005
quarta-feira, setembro 21, 2005
Saltando nas Nuvens
Clap Your Hands Say Yeah
The New Pornographers - Twin Cinema
Ando nas nuvens com estes dois discos.
O primeiro ficou quase 2 meses encalhado na alfândega, e toda a espectativa, que esse tempo aguçou, foi totalmente justificada.
O segundo foi a insistência de O Mouco que me levou a olhar para ele como deve ser.
A sorte que tenho com esta boa vizinhança!
The New Pornographers - Twin Cinema
Ando nas nuvens com estes dois discos.
O primeiro ficou quase 2 meses encalhado na alfândega, e toda a espectativa, que esse tempo aguçou, foi totalmente justificada.
O segundo foi a insistência de O Mouco que me levou a olhar para ele como deve ser.
A sorte que tenho com esta boa vizinhança!
domingo, setembro 18, 2005
2005, Ano Vintage para a Pop-Fresquinha – Parte II
The Oranges Band – The World & Everything in It
Está o Verão a dar os últimos passos, e eu a desejar que todas as boas recordações dos finais de tarde na praia, tenham como banda sonora o The World & Everything in It… Pop fresquinha com garra e coragem, destilada em guitarras dos primórdios dos Rock’n’Roll, da Surf Music e mesmo de algum Pós-Punk. Os coros que confirmam as origens e a nostálgica voz fragilmente máscula de Roman Kuebler dão-nos as recordações do Verão que não tivemos, mas que é nosso, na recordação e na imaginação. Perfeito? Nem por isso, mas é uma delícia do princípio ao fim para quem gosta de Rock e adora Pop.
Aproveitem antes que o sol se vá!
Está o Verão a dar os últimos passos, e eu a desejar que todas as boas recordações dos finais de tarde na praia, tenham como banda sonora o The World & Everything in It… Pop fresquinha com garra e coragem, destilada em guitarras dos primórdios dos Rock’n’Roll, da Surf Music e mesmo de algum Pós-Punk. Os coros que confirmam as origens e a nostálgica voz fragilmente máscula de Roman Kuebler dão-nos as recordações do Verão que não tivemos, mas que é nosso, na recordação e na imaginação. Perfeito? Nem por isso, mas é uma delícia do princípio ao fim para quem gosta de Rock e adora Pop.
Aproveitem antes que o sol se vá!
sexta-feira, setembro 16, 2005
Waiting for You!
domingo, setembro 11, 2005
Viagens na Maquina do Tempo – I
Josef K - The only fun in town / Sorry for Laughing
Confesso que para além de o nome me ser levemente familiar (talvez pela imediata associação ao Kafka), o primeiro contacto com os Josef K se deu há uns poucos meses numa das tais colectâneas da Rough Trade–uma das que vale a pena–Indiepop 1.
A canção chama-se “Sorry for Laughing” e é daquelas que quando acaba, é skip à retaguarda e começa de novo. Uma olhadela no libreto, uns minutos de investigação na rede e a encomenda do agora reeditado em cd “The only fun in town” estava a caminho.
A reedição junta duas pérolas que passaram ao lado de quase toda a geração Joy Division – Cure – Echo & the Bunnymen (eu incluído) – O próprio “The only fun in town”(editado no Verão de 81 depois de as gravações da sessões originais de Novembro de 80 terem sido consideradas “demasiado polidas” por Paul Haig, líder dos Josef K, logo descartadas e tudo regravado de forma a reflectir o “espírito da banda”), e as tais sessões de Novembro de 80, que até agora só tinham visto a luz do dia via white label, “Sorry for Laughing”.
Por aqui passa o que de melhor se fez no pós-punk; obra-prima e referência essencial para uma boa parte da C86 – tire-se a prova dos nove no Tommy dos Wedding Present – junta esculturas de granito frio e húmido na forma de guitarras frenéticas em duelo constante e gabardinas cinzentas a mascarar almas e corações carregados de pop.
A não perder, portanto.
Selo original Postcard - "The Sound of Young Scotland"
http://www.josefk.net
Confesso que para além de o nome me ser levemente familiar (talvez pela imediata associação ao Kafka), o primeiro contacto com os Josef K se deu há uns poucos meses numa das tais colectâneas da Rough Trade–uma das que vale a pena–Indiepop 1.
A canção chama-se “Sorry for Laughing” e é daquelas que quando acaba, é skip à retaguarda e começa de novo. Uma olhadela no libreto, uns minutos de investigação na rede e a encomenda do agora reeditado em cd “The only fun in town” estava a caminho.
A reedição junta duas pérolas que passaram ao lado de quase toda a geração Joy Division – Cure – Echo & the Bunnymen (eu incluído) – O próprio “The only fun in town”(editado no Verão de 81 depois de as gravações da sessões originais de Novembro de 80 terem sido consideradas “demasiado polidas” por Paul Haig, líder dos Josef K, logo descartadas e tudo regravado de forma a reflectir o “espírito da banda”), e as tais sessões de Novembro de 80, que até agora só tinham visto a luz do dia via white label, “Sorry for Laughing”.
Por aqui passa o que de melhor se fez no pós-punk; obra-prima e referência essencial para uma boa parte da C86 – tire-se a prova dos nove no Tommy dos Wedding Present – junta esculturas de granito frio e húmido na forma de guitarras frenéticas em duelo constante e gabardinas cinzentas a mascarar almas e corações carregados de pop.
A não perder, portanto.
Selo original Postcard - "The Sound of Young Scotland"
http://www.josefk.net
sábado, setembro 10, 2005
2005, Ano Vintage para a Pop-Fresquinha – Parte I
The boy least likely to – the best party ever
Chegam até nós cheios de juventude e sonhos de infância, com melodias trauteáveis e uma ingenuidade que pode contagiar; o álbum reúne o conteúdo dos 3 singles editados até aqui e acrescenta-lhe mais uns quantos originais a condizer.
Pop-Fresquinha simples, alegre e despretensiosa, para cantar em coro com os amigos em viagem estival de automóvel, de vidros abertos, o sol a sorrir e o cheiro das flores campestres. Alguém dirá que Manchester já não é o que era… Mas o amarelo, neste caso, fica-lhe bem!
...
I’m happy because i’m stupid
Scared of spiders, scared of flying
If I wasn’t so happy I wouldn’t be so scared of dying
...
Chegam até nós cheios de juventude e sonhos de infância, com melodias trauteáveis e uma ingenuidade que pode contagiar; o álbum reúne o conteúdo dos 3 singles editados até aqui e acrescenta-lhe mais uns quantos originais a condizer.
Pop-Fresquinha simples, alegre e despretensiosa, para cantar em coro com os amigos em viagem estival de automóvel, de vidros abertos, o sol a sorrir e o cheiro das flores campestres. Alguém dirá que Manchester já não é o que era… Mas o amarelo, neste caso, fica-lhe bem!
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I’m happy because i’m stupid
Scared of spiders, scared of flying
If I wasn’t so happy I wouldn’t be so scared of dying
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sábado, setembro 03, 2005
Singapore Sling - Life is Killing my Rock'n'Roll
Primeiro pensei "É imitação descarada do Psychocandy!" depois veio o aconchego da barreira de feedback, do som agri-doce e agora não sai do leitor de cd! (e acompanho sempre com os óculos escuros)
Pois é. Islandeses com nome de cocktail, não me consta que toquem de costas voltadas para o publico em concertos de 15 minutos, nem que tenham um baterista que massacra as poucas peles de pé (e com luvas), mas fizeram o 2º album que os Jesus and Mary Chain poderiam ter feito - e que se calhar até ficava melhor na fotografia que o Darklands. Muros de guitarras em distorção, baixo ondulante e grandes melodias. Para os críticos talvez valha muito pouco, dirão que é falta de originalidade, mas para um simples melomano que tem o Psychocandy na prateleira (sem pó!) dos clássicos pode funcionar muito bem; para os que em 1985 não tinham idade ou juízo para irem para todo o lado com essa-rodela-de-vinil-que-desfez-muitas-agulhas-de-giradiscos debaixo do braço, entrem por aqui, pelo Life is Killing my Rock'n'Roll, e se gostarem, saboreiem, e sigam para o Psychocandy (sem passar pela Casa Partida e receber 2 mil escudos).
Boas audições!
Pois é. Islandeses com nome de cocktail, não me consta que toquem de costas voltadas para o publico em concertos de 15 minutos, nem que tenham um baterista que massacra as poucas peles de pé (e com luvas), mas fizeram o 2º album que os Jesus and Mary Chain poderiam ter feito - e que se calhar até ficava melhor na fotografia que o Darklands. Muros de guitarras em distorção, baixo ondulante e grandes melodias. Para os críticos talvez valha muito pouco, dirão que é falta de originalidade, mas para um simples melomano que tem o Psychocandy na prateleira (sem pó!) dos clássicos pode funcionar muito bem; para os que em 1985 não tinham idade ou juízo para irem para todo o lado com essa-rodela-de-vinil-que-desfez-muitas-agulhas-de-giradiscos debaixo do braço, entrem por aqui, pelo Life is Killing my Rock'n'Roll, e se gostarem, saboreiem, e sigam para o Psychocandy (sem passar pela Casa Partida e receber 2 mil escudos).
Boas audições!
quinta-feira, setembro 01, 2005
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